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Havido dois meses da assunção ao cargo do novo prefeito de Macapá, Roberto Góes, nota-se que a cidade permanece com os mesmos problemas, desta feita agravados pelas fortes chuvas do chamado “inverno amazônico” - que por sinal (e não adianta reclamar), acontece todo ano, na mesma época, na mesma intensidade, há centenas (ou milhares) de anos.
O rol básico dessas mazelas é o de sempre: excesso de buracos nas vias públicas, ausência de saneamento básico, ocupações irregulares etc. Até quando o “período probatório” do novo prefeito vai se estender? De acordo com as exaustivas promessas de campanha nem haveria tal interstício, visto a decantada parceria com o Governo do Estado.
Hoje, li em um jornal local que a prefeitura pretende transformar a Cândido Mendes em um “shopping a céu aberto”, visando resolver (?) os problemas dos camelôs e a ocupação irregular das calçadas, além de atrair mais turistas. Todavia, a continuar com a regular atenção que as “autoridades” dispensam ao velho centro comercial de Macapá, não teremos coisa nenhuma. Os únicos “turistas” frequentes são os flanelinhas, que teimam em fazer um serviço que é competência do município, e os mosquitos da dengue que infestam toda a região. Vejam as condições de tráfego e de higiene no início da Avenida Cora de Carvalho, atrás do Hotel Macapá – sim, ao largo de um hotel no centro da capital do Estado! Como falar em turismo diante daquela situação? Aquilo é pior que qualquer estrada de chão interiorana – esburacada, sem asfalto, com acumulação de lixo e água putrefada. Ou seja, permanece tudo como dantes...
Prêmio Embrapa de Reportagem
Há 9 anos
2 comentários:
Boas observações, porém, pouco tempo para uma nova gestão mudar uma situação de muitos anos né mesmo. Isso é em tese,claro, porque não é nova coisa nenhuma. Vemos os mesmos vícios de sempre, de ontem e de anteontem. E por falar em flanelinhas, quando é que vamos ver essa prática de extorsão criminalizada hein. Estás sabendo que um deputado do RJ apresentou projeto na Câmara Federal apresentando essa proposta?
abs!!!
Dulcivania,
Que esses problemas acumularam-se ao longo das administrações municipais, é fato; todavia, elas nada fizeram para melhorar. Com essa “praga” da re-eleição, os alcaides não pensam em outra coisa, e, dessa forma, o município fica no esquecimento.
Em relação aos flanelinhas, é competência do município administrar o trânsito (inclusive os estacionamentos) das cidades. Falta é vontade administrativa para isso, pois o Código Brasileiro de Trânsito já estabeleceu essas diretrizes nos artigos 5º, 21 e, especificamente, no inciso X do artigo 24, que diz ser competência dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: implantar, manter e operar sistema de estacionamento.
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